O ronco é prejudicial? 

Sim. Roncar intensamente e com freqüência é prejudicial à saúde! A pessoa que ronca pode ter má qualidade de sono, acordando cansada e sonolenta apesar de dormir várias horas por noite. Quando o ronco é muito alto e acompanhado de períodos de apnéia (paradas da respiração por mais de 10 segundos), pode haver sérios prejuízos à saúde. Além disto, o indivíduo que ronca se expõe a um constrangimento social e a problemas matrimoniais frequentes.

Você sabia que: 

A grande maioria dos roncadores também apresentam apnéias durante o sono? (link para "apnéia obstrutiva do sono" em apnéias)

Entendendo um pouco sobre ronco 

O ronco é mais freqüente nos homens e em pessoas acima do peso ideal, e geralmente tende a piorar com a idade. Situações como cansaço físico intenso e consumo de álcool ou medicamentos sedativos podem eventualmente causar ou exacerbar um quadro de ronco.

O ronco pode manifestar-se de forma branda e intermitente ou ser forte e constante. Ainda, pode estar relacionado com o decúbito dorsal (quando só ocorre dormindo de barriga para cima) ou se manifestar em qualquer posição nos casos mais severos. 
O ronco nada mais é do que a vibração dos tecidos moles da garganta (faringe), localizadas principalmente entre o palato (a "campainha") e a língua. Surge durante a respiração enquanto dormimos, devido à dificuldade que o ar sofre em passar pelo espaço desde o nariz até as cordas vocais.

O estreitamento da via aérea superior pode ser devido ao relaxamento da musculatura ao redor da faringe (o que acontece quando ingerimos álcool ou sedativos, e durante o sono REM quando ocorre um grande relaxamento de todo a musculatura do corpo, inclusive da faringe); excesso de tecido (hipertrofia de adenóide a amígdalas, palato alongado, língua volumosa, e mais raramente presença de cistos e tumores na faringe) e obesidade (acúmulo de gordura ao redor da faringe).

A obstrução nasal também pode ser causa de ronco. O nariz congestionado e obstruído necessita de um esforço respiratório maior, criando um vácuo na garganta o que aproxima os tecidos frouxos da faringe, favorecendo o aparecimento do ronco. Ainda, com a respiração bucal a língua tende a se deslocar posteriormente na faringe, dificultando mais ainda a passagem do ar.

E as crianças?

As crianças também podem roncar, sendo a hipertrofia da adenóide e das amígdalas a causa mais freqüente. Da mesma forma que para os adultos, o ronco constante e intenso nas crianças pode ser prejudicial à saúde, assim como causa de deformidades faciais e de problemas na dentição pelo fato de respirarem com a boca aberta durante o sono (este comportamento não é normal!). As crianças com desvio de septo nasal, rinite alérgica ou quadro gripal, ocasionando congestão nasal importante, passam a respirar pela boca e freqüentemente roncam enquanto dormem. O ronco altera a qualidade do sono destas crianças, necessitando de avaliação especializada, pois podem sofrer das mesmas conseqüências que os adultos, além do agravante de estarem no período de crescimento facial importante e de aprendizagem.