Apnéias do sono aumentam os radicais livres

Apnéias do sono aumentam os radicais livres

Publicado em 20/11/2017

Um estudo realizado na Alemanha confirmou mais um possível mecanismo para explicar os malefícios da apnéia do sono: aumento de radicais livres.

Há anos sabe-se que ronco e paradas respiratórias durante o sono, as chamadas apnéias do sono, aumentam a chance de hipertensão e de doenças cardíacas e cerebrais. Sabe-se, também, que os radicais livres são moléculas altamente reagentes com papel no desenvolvimento de doenças degenerativas, inflamatórias e até câncer. Em certas situações de falta de oxigênio seguidas de reoxigenação ou reperfusão, radicais livres são liberados pelos glóbulos brancos.

Durante as apnéias do sono ocorre diminuição do oxigênio que é seguida de reoxigenação quando a pessoa acorda e volta a respirar. Isso levou o grupo alemão, liderado por Richard Schulz, a avançar as pesquisas que investigam esse mecanismo as consequências cardiovasculares da apnéias.

Em 18 homens com apnéias, os autores observaram liberação de superóxido pelos glóbulos brancos quase quatro vezes superior ao grupo normal e quase três vezes e meia maior que nos pacientes com câncer de pulmão. Após duas noites em tratamento com aparelho que elimina as apnéias (CPAP), a liberação de radicais livres caiu pela metade. Após um a oito meses, a liberação de superóxido estava normal em todos os pacientes.

Estes resultados podem ser a explicação para a maior mortalidade dos homens com apnéias e para a excepcional melhora que esses pacientes experimentam com o tratamento.